Grupo de Pesquisa Gênero e Violência – GPEG

Criado em 2006 por meio da resolução 174 CEPEX/2006 e cadastrado nesse mesmo ano no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, o Grupo de Pesquisa Gênero e Violência, está vinculado ao Programa de Pós-graduação em História da Universidade Estadual de Montes Claros. Tem por objetivo a criação de espaço institucional para fomentar o debate acadêmico e incentivar pesquisas sobre gênero, história das mulheres, feminismos e especialmente violência de gênero, oferecendo instrumentos teórico-metodológicos para as/os alunas/os da graduação e da pós-graduação desenvolverem seus trabalhos e, ao mesmo tempo, agrupar pesquisadores/as para o desenvolvimento de projetos coletivos. O GPEG também tem sido referência para apoio e consultorias no Norte de Minas em projetos e políticas públicas que envolvem mulheres e violência de gênero.

Linhas de Pesquisa

  1. Gênero, cultura e poder
  2. Gênero, família e violência
  3. Gênero, Literatura e História

Pesquisadores

Cláudia J. Maia  (Lider)

Ana Paula Jardim Martins Afonso

Bárbara Figueiredo Souto

Daliana Cristina de Lima Antonio

Fabiana Oliveira Leite

Hélen Ulhoa Pimentel

Lúcia Helena Costa

Maria da Luz Alves Ferreira

Mônica Maria Teixeira Amorim

Filomena Luciene Cordeiros Reis

Ildenilson Meireles Barbosa

Leonardo Turchi Pacheco (UFL)

Rosana de Jesus dos Santos (UFU)

Cynara Rodrigues Soares

Rafael Baioni do Nascimento

Renata Santos Maia

Sibylle Raquel Vogt

Theresa Raquel Bethônico Corrêa Martinez

Aline Cardoso Lima

Leonara Larceda Delfino

Gerferson Damasceno Costa

Gustavo Henrique Ramos Silva

Jorge Luiz Teixeira Ribas

Ana Carolina Ferreira

 

Pesquisador Estrangeiro

Prof. Dr. Manuel Lisboa (Universidade Nova de Lisboa)

 

Projetos de Pesquisa Desenvolvidos

 

Gênero e insubmissão feminina no sertão do norte de Minas Gerais (2016-atual)

Descrição: Em pesquisa anterior onde buscamos historicizar as práticas e discursos emancipatórios das mulheres em Minas Gerais na primeira metade do século XX, percebemos que tais discursos e ações não estiveram em evidência no Norte de Minas. Embora tenhamos encontrado vestígios da criação de filiais de associações feministas na região não encontramos na impressa local ou em outros documentos pesquisados a problemática da emancipação feminina com a mesma recorrência que em outros contextos de Minas, mais urbanizados e modernizados em relação ao sertão nortemineiro. Partindo do pressuposto de que o feminismo é um discurso urbano e burguês, uma das hipóteses desta pesquisa é que, a ausência do discurso emancipatório das mulheres na região se deve ao fato de que os papéis de gênero, no período, não eram tão fixos e que as mulheres não estavam submetidas à um modelo de comportamento baseado na domesticidade burguesa. Assim, essa pesquisa buscará responder as seguintes questões: Quais e como são construídos papéis e representações de gênero associados às mulheres na família, no casamento e em espaços sociais no sertão nortemineiro da primeira metade do século XX? Quais as formas de insubmissão feminina, conflitos e tensões presentes nas relações cotidianas? Quais as representações e códigos que constitui e torna inteligível a mulher sertaneja? Pretende-se assim dar continuidade ao estudo das práticas femininas emancipatórias em Minas, mas também entender as relações de gênero em contextos não urbanizados e a constituição de modos de vidas das mulheres no sertão nortemineiro. O corpus documental será composto por entrevistas de História Oral, livros de memória, documentos pessoais, fotografias e registros de casamento. Para a análise serão utilizados procedimento de Análise do discurso e os conceitos de gênero, poder e representação social. Selecionamos como espaço de investigação empírica, nessa primeira fase, os municípios de Montes Claros, Januária, São Francisco, Pirapora e Diamantina, esse último possibilitará uma análise comparativa. A pesquisa abre-se também para a investigação de relações de poder e formas de resistência feminina em outros contextos nacionais.

Financiamento: FAPEMIG

Violência de gênero e biopolítica no norte Minas (2012-atual)

 

Descrição: O projeto dá continuidade a pesquisas desenvolvidas pelo Grupo de Pesquisa Gênero e Violência, iniciadas em 2006 e tem por objetivo analisar no processo histórico a violência de gênero no norte de Minas Gerais, enfatizando a violência contra mulheres. Para tanto, segue duas grandes linhas de investigação. A primeira enfoca as mulheres em situação de violência, procurando entender suas experiências, os tipos de violências sofridas, as formas de resistências, os modos de subjetivação, seus contextos sociais e culturais, as relações de poder no âmbito familiar, as representações e sentidos que elas constroem sobre a violência sofrida, bem como as implicações dessa sobre suas vidas, seus corpos e sua saúde física e mental. A outra linha de investigação enfoca, a partir do conceito de biopolítica, a atuação e o papel do Estado na concepção, prevenção, controle e combate à violência de gênero através dos órgãos criados para essa finalidade (como a Defensoria Pública, a Delegacia da Mulher, Núcleos de assistência, etc.) e de medidas políticas e institucionais adotadas. Para as análises, utilizamos um diversificado número de fontes impressas, audiovisuais e orais. Dentro dessa perspectiva mais ampla, o projeto engloba outros subprojetos e abre-se para a incorporação de análises conjuntas e/ou comparativas com outros contextos sociais do Brasil e de outros países marcados pela cultura patriarcal. Dentre os subprojetos já desenvolvidos estão: violência de gênero no norte de Minas: um olhar histórico (2006-2009); Mulheres e violência no norte de Minas (2008-2010); violência de gênero e saúde das mulheres (2012-atual).

Financiamento: FAPEMIG, CNPq

 

Tecnologias de gênero e formas de insubmissão feminina na contemporaneidade (2013-2018)

Descrição: A partir dos conceitos de ‘poder’ e ‘tecnologias de sexo’ formulados por Michel Foucault, a teórica feminista Teresa de Lauretis propôs conceber o gênero como produto de diferentes tecnologias sociais como o cinema, a televisão, a música, a literatura e a mídia impressa, de discursos institucionalizados ou não, assim como de epistemologias e de práticas da vida cotidiana. Para referir-se a essas tecnologias, discursos e práticas construtoras de gênero a autora elaborou o conceito de ?tecnologias de gênero?. Este projeto tem por objetivo mais amplo entender o funcionamento dessas tecnologias e dispositivos de poder na constituição de sujeitos, especialmente do feminino na contemporaneidade, bem como as formas de insubmissão feminina e desacato às representações de gênero instituídas. Seguindo a perspectiva de Foucault, concebemos o poder como multiplicidade de correlações de forças; ele não apenas impede, coíbe, limita, mas também incita e produz. Além disso, não há relação de poder onde as determinações estejam saturadas, mas somente quando há possibilidade de deslocamento e escapatória; não há relação de poder sem resistência, sem insubmissão ou sem eventual inversão. Assim, se objetivamos entender o funcionamento das tecnologias de gênero na constituição de sujeitos femininos e de representações de gênero, buscamos também entender as formas de escapar das técnicas de assujeitamento ou subverter processos de subjetivação. Dentro dessa proposta mais ampla foram desenvolvidos os subprojetos de mestrado e iniciação científica.

Financiamento: FAPEMIG, CAPES, CNPq

 

 

2013 – 2015

Mineiras insubmissas: emancipação feminina e práticas feministas em Minas Gerais na primeira metade do século XX (2013-2015)


Descrição: O projeto visa analisar práticas feministas e ações, organizadas ou isoladas, das mulheres em busca de emancipação política, econômica, social e familiar em Minas Gerais na primeira metade do século XX, bem como a produção de sentidos sobre o feminismo neste contexto histórico. Será dado ênfase especialmente nas escritoras mineiras.

Financiamento: FAPEMIG, CNPq

 

Família e demografia em Minas Gerais nos séculos XVIII, XIX e XX – PRONEX (2009-2013)

Descrição: O projeto visa implatar um Núcleo de Excelência em Família e demografia em Minas Gerais e está sendo desenvolvido em parceria com várias IES de Minas Gerais,

Financiamento: FAPEMIG

 

Violência de Gênero no Norte de Minas (1970-2000): Um olhar histórico (2006-2009)

Descrição: Na tentativa de desvelar as várias faces da violência de gênero e contribuir para as discussões em torno dessa temática, a presente pesquisa tem por objetivo analisar no processo histórico a violência de gênero no norte de Minas Gerais, enfatizando a violência contra mulheres. O lócus da pesquisa são as cidades de Montes Claros e Janaúba no período de 1970 a 2007. Para tanto, o corpus documental está composto por processos criminais, Boletins de Ocorrência das Delegacias de Polícia e das Delegacias de Repressão aos Crimes contra a Mulher, e notícias de jornais locais.
Financiamento: FAPEMIG, CNPq

 

Violência de Gênero e Saúde das Mulheres (2012-2015)

 

Descrição: Este projeto tem como proposta e problema mais amplo entender a relação entre a violência de gênero e a saúde física e psicológica de mulheres vítimas. Para tanto, seguiremos quatro linhas de investigação, a saber: o processo de adoecimento das mulheres decorrente da violência; as relações entre a violência e o exercício da sexualidade, enfatizando a vulnerabilidade que as mulheres vítimas estão expostas; as representações que as mulheres vítimas e os profissionais da saúde constroem sobre violência de gênero, saúde e doença; e, o corpo feminino violentado. A proposta, portanto, é abordar o problema a partir de múltiplas dimensões e olhares que ele requer, isso exige também uma equipe de pesquisadores multidisciplinar. A pesquisa será desenvolvida em Montes Claros norte de Minas Gerais, e Uberlândia na região do triangulo mineiro. Estas cidades foram escolhidas por serem ambas intermediárias, apresentarem características e problemas sociais bastante semelhantes e estarem localizadas em diferentes regiões de Minas Gerais. Os sujeitos da pesquisa serão mulheres vítimas de violência de gênero que procuram assistência à saúde. Assim, delimitamos como espaços institucionais para a produção dos dados empíricos e a análise documental os Hospitais Universitários da Unimontes e da UFU especificamente os Centros de atendimento às mulheres vítimas de violência e o Centro de notificação de aborto. A pesquisa será realizada em duas etapas: a primeira consistirá no levantamento e análise das fichas e prontuários das mulheres inscritas nos programas nos últimos dois anos (2010-2011). A segunda etapa consistirá na seleção das informantes e realização das entrevistas de história de vida com mulheres das cidades pesquisadas. Os dados serão analisados utilizando Análise de discurso, representações sociais e gênero.

Financiamento: CNPq

 

 

CONTATO DO GRUPO

Sala 69, prédio 2, Centro de Ciências Humanas.

Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes

Campus Universitário Prof. Darcy Ribeiro, Vila Mauricéia, Montes Claros – MG

(38) 3229-8060  email: gvmulheres@gmail.com

 

PÁGINA CNPQ

http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/2065212964270257