Irá ao ar, na Rádio Universitária Unimontes (101.1 FM), no dia 02/07/24, às 12 horas, a entrevista de Rafael França Nunes, egresso do PPGDEE, que foi orientado pela Prof.ª Dr.ª Luciana Maria Costa Cordeiro.
O tema da entrevista será a dissertação desenvolvida pelo aluno, intitulada: “RELAÇÃO ENTRE O GRAU DE ABERTURA ECONÔMICA E INTENSIDADE TECNOLÓGICA DO COMÉRCIO INTERNACIONAL DO NORTE DE MINAS GERAIS”.
Este estudo objetiva realizar o levantamento e aferição do grau de abertura comercial da Mesorregião do Norte de Minas Gerais, bem como classificar o nível de intensidade tecnológica dos produtos comercializados internacionalmente. Para tanto, o cálculo do indicador de grau de abertura foi utilizado, bem como a metodologia de taxonomia setorial dos produtos do economista Keith Pavitt. A pesquisa se caracteriza como descritiva-exploratória. A coleta de dados correspondentes ao comércio exterior da região foi realizada através da base de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), enquanto os dados referentes ao PIB de cada município, por meio do Índice Mineiro de Responsabilidade Social da Fundação João Pinheiro (IMRS-FJP). Os referidos dados tratados, calculados e classificados possibilitaram o entendimento do retrato da região norte mineira no que diz respeito à visão mesorregional, bem como em suas sete subdivisões (microrregiões). Como resultado, percebeu-se que a microrregião de Montes Claros ocupa o primeiro lugar no ranking das microrregiões com maior fluxo de comercialização internacional, logo seguida pela microrregião de Pirapora. A microrregião de Bocaiuva ocupa o último lugar, através de um déficit acumulado em sua balança comercial frente ao produto interno bruto local. Em relação à pauta exportadora da mesorregião, foi averiguado que os produtos mais vendidos internacionalmente foram hidrogênio, medicamentos para fins terapêuticos ou profiláticos, ferroligas, ouro e soja, representando, em conjunto, 81,63% de todo o valor exportado pela região. Destes, 28,07% possuem alta intensidade tecnológica; 48,80% possuem média-baixa intensidade tecnológica; e 4,76% são não industriais. No que se refere à pauta importadora da região, os produtos com maior destaque em termos de valor FOB (usd) foram hormonas; díodos, transístores e dispositivos semelhantes com semicondutores; magnésio e suas obras, incluídos os desperdícios, resíduos e sucata; eléctrodos de carvão, escovas de carvão, carvões para lâmpadas ou para pilhas e outros artigos de grafite ou de carvão, com ou sem metal, para usos elétricos; medicamentos para fins terapêuticos ou profiláticos. Dos 79,97% importados em análise, 39,61% possuem alto nível de intensidade tecnológica, 22,60% detêm intensidade média-alta e 17,76% com intensidade média-baixa. Em conclusão, tem-se que a pauta exportadora do norte de Minas Gerais, se excetuada a participação dos medicamentos para fins terapêuticos ou profiláticos, se mostrou pouco diversa e elaborada no que tange à complexidade tecnológica dos produtos. No tocante à pauta importadora, ficou evidente uma maior pulverização dos produtos e uma dependência da importação de bens com maior conteúdo tecnológico oriundos do mercado externo.
Para ler a dissertação na íntegra acesse: Dissertação – Rafael França Nunes
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